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Notícias
Qualidade ou Polícia 28/10/14

Ainda vemos muitos profissionais sem entender a real função da Qualidade. A maioria vê os profissionais da Qualidade como “chatos”, como policiais querendo encontrar o crime e culpar os criminosos. Várias vezes, ao iniciarmos uma auditoria, percebemos a resistência, a fuga dos auditados, com desculpas de emergências, saídas, etc.

Mas, usando o termo indesejado, quais são os culpados por isto? Os próprios profissionais da Qualidade. Baixa em alguns o espírito de autoridade e se acham melhores do que os auditados. Eu mesmo tinha essa autoridade e a usava erradamente na área da aviação. Sentia-me o dono da razão e me orgulhava em escutar “lá vem o Filipe procurando coisa errada”. O medo dos outros me enchia de orgulho, mostrava que eu estava fazendo bem o meu serviço. Será?

Quando vamos auditar alguém, nós devemos mudar o espírito para ajudar. Estamos buscando ver o quanto o processo ou produto está bom e não o quanto ele está ruim. Buscamos conformidades, oportunidades de melhoria e não problemas.

O auditado deve nos ver como assessores, como solução para muitos dos seus problemas de falhas, retrabalhos, prejuízos, certificação, etc. Quantas auditorias eu praticamente dou treinamento sobre a norma que está sendo auditada. Você perceberá que a Qualidade começará a ser procurada em vez de evitada.

Na Qualidade também devemos agir assim, sermos consultores, assessores e não policiais buscando o culpado, o criminoso. Os profissionais da empresa vão se fechar e não vão contribuir em nada para a Qualidade, pior, eles irão mentir e esconder os problemas. Precisamos mostrar os problemas, mostrar o quanto isso compromete o cliente final, a empresa, o departamento e o profissional. O que se pode fazer e recomendações de melhoria são o resultado da Qualidade, afinal neste processo existem, ou devem existir, profissionais com uma visão do todo melhor do que qualquer um.

A visão sistêmica é fundamental para o profissional da Qualidade visando com que ele mostre aos processos da empresa o quanto eles podem melhorar em benefício do todo. Escolham os assuntos e momentos certos, não mostrem que querem encontrar falhas e sim que querem ajudá-los, mostrar caminhos.

Como então não engessar o processo e ficar com a má fama de “chato”? Na sua postura de assessor e não de policial. Não levar só a não conformidade, levar também o porquê está condenando a peça ou o processo, onde está apoiada a sua decisão, o que isso pode afetar o produto final, o cliente final e a sua empresa. De preferência já levar recomendações de como fazer. Tudo com humildade, com o espírito de instrutor e não de inspetor.

Fonte: Qualidade Brasil


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